“Eu, como tantas crianças, adorava animais.
Meus pais trabalhavam como caseiros, então eu morei em vários sítios e chácaras.
Eu via minha mãe matando galinhas para o jantar. O cheiro de sangue e de penas que vinha da panela não sai da minha cabeça até hoje.

Já adulto, vi um vídeo que mostrava centenas de frangos em uma esteira. Eu tive ali a noção de que não era de uma fazendinha feliz que saíam os animais que eu comia. Eu achava triste, violento, mas necessário.

Pesquisando mais, descobri que a produção de ovos e laticínios também era motivo da morte de animais. E mais que isso, eu descobri que comer animais não era necessário para a saúde. Essa descoberta foi transformadora.

Já estava me preparando para deixar de comer pizza, porque pizza sem queijo não tinha como, né? Mas descobri que tinha como, sim! Eu podia continuar comendo tudo de que gostava! Pouco depois me tornei vegano.

Fundei o Vista-se, que era um site para vender camisetas com temas vegetarianos. As camisetas não venderam muito bem, mas as notícias do mundo vegano que eu passei a colocar no site atraíram leitores e assim, há 15 anos, nasceu o portal Vista-se.

Continuo me empenhando em divulgar aquilo que descobri no início: comer animais é triste, violento e desnecessário!

Eu acredito na democracia e também acredito que poderemos fazer algo positivo para os animais por meio dela. Por isso, estou me colocando à disposição do Mandato Animal para fazer o meu melhor.

Ao longo dos anos, por conta do veganismo, eu comecei a prestar atenção à política e aos trâmites do Congresso Nacional. Sei que não é simples transformar em leis as ideias que ajudam animais, porém é preciso começar, é preciso estar lá. A Mônica e eu fizemos muito pelos animais nos últimos 15 anos, sem uma cadeira no Congresso. Com uma cadeira lá, e apoiados por nosso Conselho, com nomes importantes da causa animal, tenho certeza de que faremos a diferença.

Temos uma habilidade comum e ela é fundamental para avançar com uma ideia dentro da Câmara dos Deputados: diplomacia. Conseguimos dialogar com pessoas de diferentes espectros, sem abrir mão da nossa essência.”